sexta-feira, 24 de maio de 2013

na Agência USP - Composto presente em detergente é marcador ambiental eficaz

No Instituto Oceanográfico (IO) da USP, estudos realizados no Laboratório de Química Orgânica Marinha (labQOM) identificaram marcadores moleculares que permitem o monitoramento da introdução de esgoto em ambientes marinhos. Os cientistas detectaram Alquibenzeno Lineares (LABs) em sedimentos marinhos, peixes, mexilhões e ostras. Segundo o químico Silvio Tarou Sasaki, estas matrizes se mostraram eficazes para avaliar a presença de esgoto.

Os LABs estão na composição de detergentes
Sasaki ressalta que a forma mais comum de avaliar o esgoto no ambiente é feita utilizando-se indicadores microbiológicos, como os Coliformes termotolerantes, uma técnica com amostragens feitas na água e que é específica para o material fecal, muito usada para verificar a balneabilidade de praias. “No entanto, caso seja necessário uma avaliação da exposição de organismos ao esgoto esses indicadores não são adequados”, conta. A importância da pesquisa de Sasaki está justamente no fato de que boa parte da região costeira brasileira não possui redes de tratamento de esgoto e monitorar essa introdução utilizando um marcador estável que indique a presença de esgoto é de vital importância para a saúde humana e do ambiente.
Para realizar o estudo de doutorado Marcadores orgânicos moleculares como ferramentas no monitoramento ambiental: avaliação da distribuição de Alquilbenzeno Lineares (LABs) em organismos e sedimentos, como indicativo de exposição ao esgoto em áreas costeiras, Sasaki coletou as matrizes (sedimentos marinhos, peixes, mexilhões e ostras) no Sistema Estuarino de Santos-São Vicente e no Complexo Estuarino Lagunar de Cananéia-Iguape, na Baixada Santista e litoral sul do estado, respectivamente, e as analisou nos laboratórios do IO. Essas regiões foram escolhidas para verificar se o nível de urbanização poderia refletir na quantidade detectada do marcador de presença de esgoto estudada por Sasaki. A pesquisa teve a orientação da professora Marcia Caruso Bícego.

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