domingo, 10 de agosto de 2014

na Agência USP - Química computacional propõe novas substâncias contra HIV

Cientistas da USP estão utilizando métodos de química medicinal computacional para melhor compreender os mecanismos moleculares que estão envolvidos na inibição de uma enzima – HIV integrase – ligada à replicação do vírus HIV. O objetivo é propor novas substâncias químicas que seriam a base de novos medicamentos contra a doença. Os resultados desta pesquisa foram publicados na revista PLOS One em sua edição de janeiro deste ano.

Técnicas de QSAR 2D e 3D geram modelos computacionais das substâncias
De acordo com a professora Káthia M. Honório, da Escola de Artes Ciências e Humanidades (EACH) da USP, a partir deste trabalho foi possível entender as principais características moleculares das substâncias em estudo e que estão relacionadas com a atividade biológica desejada. “Em um ou dois anos esperamos planejar, computacionalmente, novas substâncias que deverão ser sintetizadas e submetidas a testes biológicos”, acredita a docente, que foi coorientadora da pesquisa de doutorado de Luciana Luzia de Carvalho, defendida no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, e que teve como orientador o professor Albérico B. F. da Silva. Para os testes biológicos, Káthia antecipa que irá contatar grupos de pesquisa que tenham experiência com o tema.
A professora explica que a enzima HIV integrase é responsável pela integração do DNA viral no cromossomo-alvo do hospedeiro, sendo essa etapa fundamental para a replicação do vírus. “Em estratégias de Química Medicinal, um dos principais objetivos é propor novas substâncias químicas com o intuito de inibir a enzima HIV integrase de forma a impedir, eficazmente e com menores efeitos colaterais, a replicação do vírus”, descreve.

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