sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Na Agência USP - Agricultura urbana ganha espaço nas grandes cidades


Horta do Takebe, na cidade de Diadema, na região do grande ABC
O número de hortas em espaços vazios, mesmo numa grande metrópole, é uma prática comum e que gera renda a algumas famílias. “Os preços podem variar de acordo com a região e algumas pessoas chegam a viver exclusivamente desta atividade”, conta a cientista social, Michele Rostichelli. Na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, ela empreendeu um estudo para saber quem são as pessoas que produzem esses alimentos, as características destas famílias e suas origens.
Na pesquisa de mestrado Entre a Terra e o Asfalto: a região metropolitana de São Paulo no contexto da agricultura urbana, Michele entrevistou componentes de 26 famílias que produzem hortaliças na Região Metropolitana de São Paulo, mais especificamente na região do ABC — nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema e Mauá —, e no bairro de São Mateus, na zona leste de São Paulo. Boa parte destas pessoas já teve convivência com as práticas agrícolas. “A maioria vem do nordeste do Brasil ou do interior de São Paulo e chegaram por aqui para tentar a vida”, conta a pesquisadora.