domingo, 1 de março de 2015

na Agência USP - Treinos de força e creatina evitam perda de massa muscular

Na Escola de Educação Física e Esportes (EEFE), trabalho do professor Bruno Gualano indica que a suplementação de creatina, principalmente quando aliada a um programa de treinamento de força, promove ganho de massa muscular e força em pacientes com disfunção muscular e sarcopenia — condição de baixa massa muscular que afeta muitos idosos e os predispõe à mortalidade. Os benefícios do suplemento estão descritos em sua tese de livre-docência intitulada Estudos sobre eficácia terapêutica da suplementação de creatina. Gualano é docente do Departamento de Biodinâmica do Movimento Humano da EEFE.

Tese de livre-docência compila resultados de quatro ensaios clínicos
O estudo compila resultados de quatro ensaios clínicos destinados a investigar a segurança e eficácia da creatina em idosos e adultos, com ou sem doenças associadas. “A creatina é um derivado de aminoácidos produzida endogenamente e consumida em carnes”, descreve o professor. A suplementação desse nutriente tem sido utilizada, com sucesso, para melhorar o desempenho esportivo. Mais recentemente, tem crescido o interesse no papel terapêutico da creatina que, potencialmente, poderia melhorar massa e função musculares, saúde óssea e capacidade cognitiva. A segurança do consumo da creatina, segundo Gualano, também tem sido alvo de intenso debate.
“A creatina é um nutriente produzido pelo próprio organismo, e obtida também com o consumo de carnes”, explica. Atualmente, a suplementação de creatina é classificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como “alimento para atletas” e é comercializada no mercado. “Há alguns anos, advogo que a recomendação desse suplemento nutricional deveria ser estendida a idosos, pois a literatura científica tem dado bom suporte para isso”, justifica o cientista.

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