quinta-feira, 20 de outubro de 2016

na Agência USP - Cientistas descrevem quatro novas espécies de caranguejos


Os crustáceos pertencem à família Pseudothelphusidae
Quatro novas espécies de caranguejos foram descritas por cientistas do Museu de Zoologia (MZ) da USP. Os crustáceos pertencem à família Pseudothelphusidae, que habita ambientes terrestres próximos a rios e riachos. “Estes caranguejos têm ampla distribuição desde regiões do México até o Peru, bem como áreas montanhosas da Colômbia. Trata-se de uma família neotropical que ainda é pouco estudada”, afirma o biólogo Manuel Enrique Pedraza Mendoza, que descreveu as espécies.
Sob a orientação do professor Marcos Tavares, do MZ, Mendoza está prestes a concluir seu doutorado no Museu e as descrições morfológicas dos caranguejos farão parte de sua pesquisa. As quatro novas espécies descritas são: Kingsleya castrensisKingsleya celioiMicrothelphusa furcifer e Brasiliotelphusa n. sp.
De acordo com o biólogo, o gênero Brasiliotelphusa é um grupo exclusivamente brasileiro e a descrição de uma nova espécie deste gênero fará parte de sua tese de doutorado. “O crustáceo foi encontrado na cidade de Apiacás, no estado do Mato Grosso”, afirma Pedraza. As espécies Kingsleya castrensis e Kingsleya celioi foram encontradas no estado do Pará. Esta última, como informa Pedraza, tem o nome celioi em homenagem ao professor Célio Magalhães, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que é um dos precursores nos estudos deste grupo de caranguejos no Brasil. A primeira, Kingsleya castrensis,foi encontrada em Altamira e a segunda – que também será publicada sua descrição em breve – em Paraopebas. A Microthelphusa furcifer foi localizada na Guiana e a publicação da descrição ocorreu no ano passado. “O professor Marcos Tavares é coautor deste trabalho”, conta o biólogo.